sexta-feira, 9 de agosto de 2019





Projeto de Paisagismo: Arte Viva!




Fazer o paisagismo em um jardim é como pintar um quadro, escolher suas plantas, cores, texturas, aromas, transmitir sensações com um cenário vivo, elaborado com plantas e recursos paisagísticos construídos, que acrescentam ao jardim parte da sua identidade.

 Ao elaborar um jardim, no entanto, temos que pensar em planejamento. Sim, este pensamento deve ser o primeiro para que o projeto possa ser implantado de maneira correta. Então devemos seguir uma ordem reflexiva na hora de projetar, fazer considerações sobre o jardim a ser projetado, afinal, criamos paisagens com elementos vivos, as plantas. Trazemos Vamos à algumas delas:

1 – Fazer um projeto é primeiramente projetar um espaço vazio – Embora muitas vezes haja vegetação existente, que pode não seja retirada no projeto, estaremos preenchendo um lugar vazio, que será projetado com foco em como será a função deste; se será um jardim de contemplação apenas, se de uso, quem usará e como... Ou seja, projetar um jardim é elaborar ele para àqueles que dele se utilizarão, para as pessoas, não para as plantas. As plantas no paisagismo são elemento construtivo vivo e assim o foco principal de qualquer jardim, são elas que trazem a natureza para perto de nós.

2 – Não são as plantas os únicos elementos construtivos do jardim, nos utilizamos também dos chamados recursos paisagísticos, que serão escolhidos conforme o perfil do jardimEste compreende, por exemplo, seu estilo. Devemos considerar que existem estilos diferentes de jardins, como: jardins tropicais (coloridos, orgânicos, vegetações crescidas de maneira natural Ex: Jardim da Casa das Canoas – Antiga Moradia de Oscar Niemayer), jardins europeus clássicos (-jardins de topiárias, simétricos, também chamados de formais, esculturas, fontes e muito mais; o expoente maior deste estilo de jardim é o Jardim de Versailles, na França), jardins japoneses (-jardim de significados, cuja utilização do elemento água, pedras, pontes, lanternas; de maneira  completamente diferente dos demais estilos, tornam-no absolutamente identificado como tal assim que é visto – Temos  como ex. o jardim japonês, no Parque do Ibirapuera, situado no Pavilhão Japonês). Cada jardim expressa características próprias e assim existem neles elementos construtivos diferentes com diferentes usos; ex: nos jardins formais é comum o uso de fontes (também elemento escultórico dele), no jardim japonês o uso de fontes também é comum, no entanto ela não tem uma forma definida como nos jardins formais, e seu intuito é trazer relaxamento, valorização do som.

3 – Em todo e qualquer jardim, precisamos pensar em como o aproveitaremos, por onde vamos passar, assim, ao se projetar precisamos planejar as vias de circulação, ou seja, por onde vamos circular para chegar aonde queremos dentro do jardim ex: na área da piscina? No orquidário? Num quiosque? Numa varanda? Seja ela ao ar livre ou em lugar coberto esta pode ser uma sala de estar no jardim, permitindo a confraternização entre as pessoas; na área da churrasqueira? Numa estufa? Pergolado ou caramanchão? Veja, cada estilo de jardim permite determinados tipos de elementos, condizentes com vários aspectos. No que tange às vias de circulação estas podem ser retas, como por exemplo nos jardins formais, quanto orgânicas, que permitem com que o indivíduo caminhe pelo jardim, descobrindo-o num ritmo mais lento. A dimensão, de cada área a ser ajardinada assim como as características que serão dadas ao jardim ditarão o seu estilo e possibilidades de aproveitamento.


4 – Vegetações: Finalmente, planejada as vias de circulação é que se começará a preencher o espaço vazio com o que foi planejado para ele. Utilizando vegetações condizentes com o solo, a luminosidade, o vento e muitos outros aspectos naturais. Exemplos de vegetações mais rústicas, que não pedem tanta manutenção são azaléia, clúsea, podocarpos, espada-de-são-jorge, yucas, cycas, agaves, moréias, buxinho, murta, pleomeles, dracenas, assim com tantas outras... A escolha da vegetação é influenciada pelo estilo de jardim que quer-se criar, mas principalmente à adaptabilidade das plantas às condições do local.

5 – Como dito as dimensões do espaço dão ao jardim mais possibilidades, Assim, também a escolha de tais recursos obedecem a uma regra de proporcionalidade nos jardins, assim como o porte final das plantas pois é necessário ter em mente o quanto a planta cresce para que esta não se torne posteriormente um transtorno num jardim de pequeno porte por exemplo; no entanto, seu estilo pode ser conferido conforme as plantas e recursos paisagísticos materiais utilizados em pequenos espaços também.

São exemplos de recursos paisagísticos:
Pergolados e Caramanchões, móveis para o exterior (permite confraternizações quando dispostos para este fim), laguinhos, pedras, pisos, deques, cercas, piscina, espreguiçadeiras, vasos, estufas, orquidário, quiosque, área de crianças; playground, com brinquedos como gangorras, gira-gira, casa na árvore, casa de bonecas, pedras, pegadas, pontes, lanternas, fontes, esculturas, piras, churrasqueiras, iluminação adequada para jardins, como com spots, balizadores, entre tantos outros...









6 – O desejo do cliente. Deve haver um budget parra que o projeto comece a ser desenvolvido, pois há maneiras de dar diferentes soluções, com diferentes tipos de vegetações. Jardins clássicos, por exemplo, tem sua manutenção cara, pois são jardins de topiárias que devem ser podadas de tempos em tempos para não perderem sua forma; de outro lado jardins que crescem mais livremente ou jardins que tem seu crescimento muito lento tem uma menor quantidade de manutenção.
Os grandes nomes do paisagismo brasileiro atual, alguns com projeção mundial, todos influenciados pelo grande mestre Roberto Burle Marx, reconhecido mundialmente.


Angela Flavia Zavattieri









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